“Tem que vir de Mim”
- Patrícia Loução Rita
- 31 de jan. de 2020
- 5 min de leitura

Qual o “truque Especial” para conceber e manifestar uma “criação” minha?
Desde muito cedo que me “fazia muita confusão” as pessoas perguntarem, constantemente, a opinião dos outros para escolherem algo para si e para as suas Vidas… (tal como também “me fazia muita confusão” a forma insistente e invasiva (na minha sensibilidade) como outras pessoas tentavam impor a sua opinião, para “as coisas” dos outros e definir questões muito pessoais e individuais desses outros)!
Refiro-me àquelas “coisas” mais pessoais, mais individuais, ou mais privadas…
Mais tarde e à medida que fui crescendo, fui percebendo melhor esta minha “estranheza”, perante tamanha necessidade das pessoas se guiarem pelas opiniões dos outros e procurarem fora (fora de si) as respostas e opções a tomar… fui percebendo que, o que não me fazia nenhum sentido (nem eu sabia bem porquê), o que não tinha a ver comigo e com que não me identificava mesmo nada, era a questão de pedir opiniões, ou guiar-Me “pela cabeça dos outros”, nas questões “mais minhas”, tão pessoais que me definiam em pequenos detalhes (mesmo que sejam muito simples)…
Nunca percebi porque é que as pessoas pedem opiniões quanto aos nomes a darem aos seus próprios filhos, aceitam que alguém escolha, ou influencie a escolha do seu perfume (de forma direta ou indireta) e opinem sobre que roupa usar numa ocasião muito importante e especial, na forma como devem decorar, arrumar ou organizar o seu recanto mais privado – a sua própria casa, ou o seu espaço de trabalho… pedem sugestões de que nome, ou designação, devem dar a um projeto profissional, ou artístico (que é um fruto seu, uma criação sua…), entre tantos outros exemplos possíveis!...
Sempre Senti, de uma forma muito intrínseca, emocionalmente muito impactante e nada racional ou lógica, que estas questões muito pessoais e privadas “têm que vir de Mim”, que a Escolha tem que ser Minha, de forma pura e original, sem interferências ou influências externas, carece de ter a Minha Energia, a marca indelével da Minha Essência, tem que ser Meu “em toda a conceção, criação, construção, finalização e manifestação”… porque Me pertence intimamente, Me representa a Mim e assim, também Me define e espelha Quem Sou… 😊
Sempre Senti isto, mesmo quando ainda não o conseguia perceber e tão pouco explicar, de forma lógica e racional! 😊
Mas já o Sentia… eu já sabia que só assim me fazia sentido…
E hoje percebo… hoje sei… que esta questão é de uma importância abrangente e muito mais relevante do que possa parecer…
Hoje sei que um dos principais motivos que leva as pessoas a sentirem esta necessidade de depender da opinião dos outros, se prende com a sua desconexão de si mesmas… deixaram de se ouvir, deixaram de valorizar a sua Intuição, deixaram de se “ver” e de conseguir “ler” a sua Alma… desabituaram-se de se reconhecer, procuram respostas fora, fora de si, nos outros, pedem opiniões para tudo, como que têm medo de “arriscar” seguir a sua própria opinião… iludem-se com a falsa crença (muitas vezes inconsciente) de que, “se ouvirem muitas opiniões e seguirem os conselhos alheios, têm maior probabilidade de acertar, agradar a todos e ficarem bem vistas”… esquecem-se que seja qual for a escolha, com opinião alheia ou sem ela, haverá sempre quem ache bem e quem ache mal, haverá sempre quem considere “de bom gosto”, “de mau gosto” e “assim-assim”! 😉
Tal como, se for apenas a/o própria/o a Escolher! 😊
Logo, sabendo todos nós que não é possível “agradar a gregos e a troianos” (e quem disse que isso seria interessante?! 😉), então que agrademos a nós! Que respeitemos quem genuinamente Somos!...
Que consigamos ouvir e seguir a nossa voz interior.
Mas PRINCIPALMENTE, que seja Nosso, que venha de nós, que tenha a nossa própria Energia, que espelhe a nossa Essência, que seja fiel a quem Somos, que nos represente na nossa Verdadeira Identidade (e isto acontece em Todas as nossas Escolhas, mesmo nas mais ínfimas).
Não se trata de não ouvir a opinião dos outros para nada, ou de nunca partilhar ideias e planos com pessoas em quem confiamos… tão pouco se trata de ter uma “postura arrogante e presunçosa” (alegadamente), achando que nós sabemos mais que os outros, ou que a nossa opinião é mais válida, de uma maneira geral… mas sim de saber e respeitar que “nós sabemos mais que os outros, ou que a nossa opinião é mais válida” sim, mas para a Nossa Própria Vida!
Trata-se de saber que, o que é verdadeiramente significativo é que a Escolha global, a que define a “Energia dominante” desse projeto, seja Minha, venha de Mim e tenha a Minha Própria e intransmissível Energia. Se o projeto é Meu (a circunstância, evento, empresa, relação, criação, o que seja…) e é para ser vivenciado por Mim, só faz sentido que decorra de Escolhas Minhas - em cada detalhe que o compõe. Que seja “recheado e embrulhado” na minha Energia Essencial!
Caso contrário, mais cedo ou mais tarde, “aquilo vai ser sentido como estranho”, algo desconfortável, incómodo, ou desconhecido… e vai trazer resultados e consequências “estranhas e desconfortáveis”, no sentido de que “não são Minhas”… se a Escolha não for intrinsecamente Minha e não tiver a Minha Própria Energia, as consequências que vierem de uma escolha que não foi minha, também não terão a minha Energia…
E assim, acabarei por ter na Minha Vida, consequências que eu não saberei manejar, que não me será fácil e natural lidar com elas… não será natural resolver questões que não surgiram de algo totalmente criado por mim.
Independentemente de como venha a correr. Mesmo que “corra mal” (seja lá o que isso for).
Mesmo que “não dê bom resultado” (supostamente).
Mas é Meu. É uma Escolha Minha.
Com consequências Minhas (boas e/ou más).
Pois, não é uma questão de ser “bom ou mau”, “bonito ou feio”, “certo ou errado”. É apenas uma questão de ser Nosso.
Inquestionavelmente Nosso!
… De nos definir enquanto Seres Únicos, de ter a nossa Identidade.
Só assim fará sentido, só assim conseguirá fluir, só assim eu conhecerei cada detalhe e poderei “afinar cada peça”.
No fundo é validar a nossa capacidade e legitimidade de Escolha.
Sejam quais forem os resultados, só nos Sentiremos confortáveis e “à vontade”, se vierem de nós Próprias/os!
Tem que vir de mim, tem que ser meu, ter a minha energia, espelhar quem eu sou, a minha Essência… tem que ter o meu “toque especial”… um “jeito” que é só meu…
E é claro que isto pressupõe também que eu reconheça, com o maior rigor e aceitação, que “o outro” tem também todo o direito e legitimidade às suas próprias Escolhas, na Liberdade de as tomar e na Responsabilidade de vivenciar as suas consequências.
Atualmente, quando alguém me pede sugestões sobre “o nome”, “a designação”, “a descrição”, “a cor”, “o cheiro”, “a disposição”, “a resposta”, etc. referente a um “projeto novo” que está a criar, não deixo de ouvir as ideias da pessoa, não deixo de dar atenção, valorizar e validar esse Sonho… Mas a minha resposta final é SEMPRE a mesma:
“O que é que a Ti Te faz sentido?
O que é que Tu Sentes que deves Escolher?
O que é que a Tua Intuição e a Tua voz interior Te dizem?
É que tem que ser Teu, tem que ter a Tua Energia, tem que vir de Ti. Tem que ter ressonância contigo. 😊
E o resto estará tudo “certo”. Só assim estará “certo”, autêntico. 😉
CONFIA!
Porque, se vier de Ti, com a Tua Energia, Tu saberás lidar! 😉”
É nisto que Acredito intrinsecamente.
É isto que Sinto como válido para Mim.
E é isto que Sei que valida, confirma e enaltece a Unicidade, a Identidade e o Valor Próprio de Cada Um de Nós! 😉
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