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E se descascássemos cada camada nossa… o que ficava?! 😉

  • Foto do escritor: Patrícia Loução Rita
    Patrícia Loução Rita
  • 2 de jun. de 2020
  • 3 min de leitura

Um dos conceitos, na área do desenvolvimento pessoal, autoconhecimento e autodescoberta, cada vez mais difundido e que levanta tantas dúvidas, quanto ao seu verdadeiro significado é o conceito de SER… Saber quem Somos… Ser quem verdadeiramente Somos… e priorizar na Vida a nossa principal missão: “SER”.

Levanta dúvidas e estranheza pois, no senso comum, toda a gente sabe quem É (ou achamos que sabemos 😉)… e por isso, fica difícil perceber isto do ”Ser quem Sou” (?!)…

Mas se quisermos aprofundar e tentar entender o sentido genuíno do que é isso de se SER quem se É… na sua versão pura e legítima… teremos que “descascar a cebola”. 😉

(descascar o conceito e posteriormente a nós próprios! 😊 )

Imaginemos então…

Se Ser é exercer quem verdadeiramente Somos, então vamos a um exercício de imaginação:

Pensando em nós e em tudo o que envolve a nossa Vida… em todas as nossas camadas (continuando na analogia da cebola)… o nosso corpo físico, as dores físicas e emocionais, as doenças… os bens materiais como as roupas, a casa, o carro, o telemóvel, o computador e todos os objetos… os estudos, a profissão… os amigos, a família, as raízes… a conta bancaria, as contas para pagar… os horários, os compromissos, os planos… as inseguranças, os dogmas, as crenças… a geografia, a cultura, a ancestralidade… as projeções, as ilusões, as fantasias, os anseios, a memória… o passado e o futuro… e tudo o mais que vos possa ocorrer… tudo mesmo… tirem tudo (na imaginação)…

Se nos imaginássemos como uma cebola… a que vamos retirando todas essas nossas camadas… começando pela casca que, metaforicamente falando, representa a nossa aparência, a forma como os outros nos veem, o nosso aspeto exterior… e continuando pelas camadas seguintes… retirando camada por camada… descascando… prosseguindo de fora para dentro… cada vez nas camadas mais interiores, até chegar ao núcleo…ao coração da cebola…

O que encontraríamos?

O que está lá nesse nosso núcleo?

O que mora lá (aqui) no nosso interior?

De que é feita a nossa Essência?

A resposta de cada um, apenas cada um pode atingir… é secreta, particular, privada… 😉

E não se está aqui a defender que nenhuma das outras camadas interessa… que nenhuma das camadas externas faz parte e que só o núcleo interessa… afinal, a cebola é todo o conjunto de camadas, incluindo a casca (não é por acaso que a natureza cria uma casca para a cebola… ela cumpre uma função… e também é assim connosco – a nossa “casca” cumpre uma função)… mas a questão importante é que, na maioria de nós, todas as camadas externas impedem-nos de ver, de percecionar, de conhecer o nosso núcleo, a nossa Essência (e depois andamos pela Vida, convencidos de que somos algo… sem saber verdadeiramente quem somos).

Então é por isso, que importa descascar.

Não para eliminar completamente das nossas Vidas todas essas outras camadas periféricas, por considerarmos que não fazem parte… mas para adentrar camada por camada, para poder aceder ao interior, nuclear, essencial… aceder-lhe, enfrentar, conhecer, observar e Sentir! 😊

E depois tudo será diferente… continuaremos a ter as mesmas camadas… ou outras… vamos substituindo e alterando camadas… faz parte da Vida… mas continuando a ter camadas, saberemos que temos um núcleo central e que esse sim, nos define na Essência… esse somos nós na nossa Verdade mais Interna e mais profunda… esse habita-nos e mesmo quando não nos lembramos dele, quando não o vemos e não o visitamos, ele está lá sempre e é lá que nós podemos (re)aprender verdadeiramente a SER.

Porque SER é exercer aquela energia que é só nossa e que mais ninguém tem igual. 😊

E a partir daí, já não iremos “fazer” (algo) para Ser, ou tentar “ter” (algo) para Ser, achando que isso nos define…

Iremos inverter esta velha lógica e passaremos a “fazer” e “ter” porque Somos… já sabemos quem Somos e já vibramos por essa nossa energia… de apenas SER quem Somos. 😊

E isto muda tudo… porque passamos a fazer, a ter e a viver, da forma como Somos… da forma que nos define, porque representa a nossa verdadeira identidade e espelha a nossa Essência!

E é esta a nossa maior verdade. 😉

 
 
 

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© 2018 Psicologia e Evolução por Patrícia Loução Rita

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