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Quem decide como devo viver a minha vida?

  • Foto do escritor: Patrícia Loução Rita
    Patrícia Loução Rita
  • 8 de mai. de 2018
  • 3 min de leitura

Atualizado: 23 de jun. de 2018



E quando nos deparamos com o mais concorrido “Desporto Nacional” (e não só nacional) – o “Achismo”? (eu batizei assim, esta popular forma de estar na vida 😊) “Eu acho isto, tu achas aquilo e achamos todos imensas coisas, seja qual for o tema, ou o contexto… principalmente sobre a vida dos outros e o que eles deviam e não deviam fazer…” (e todos nós já o fizemos, de alguma forma!...)


Resta perguntar a todos os acérrimos praticantes deste “desporto”:

E depois… as consequências de os outros fazerem o que eu acho, são para quem? Para a vida de quem?

“Para eles, para a vida deles, claro! Porque eu aí, já não tenho nada a ver com isso!”

Então se as consequências são para eles e para as suas próprias vidas, quem é que deve escolher???


E importa, ainda mais, perguntar - porque este É o "CORAÇÃO DA CEBOLA" - aos que permitem, que outros “pratiquem esta modalidade”, em relação às suas vidas e que as opiniões desses outros, assumam “caráter vinculativo” nas suas vidas:

E quando chegarem, à Tua vida, as consequências do que tu permitiste, que os outros escolhessem para a Tua vida… e quando chegarem as consequências de algo que não resultou da TUua escolha, como vais lidar com elas? Vais saber lidar com consequências, que não têm a tua Identidade, que não têm a tua Essência?

Então, se quem vai viver com essa escolha e quem terá a responsabilidade de arcar com as consequências és Tu, quem é que deve exercer a escolha, à partida???


Talvez esta clássica história, nos ajude a encontrar a resposta… ou pelo menos a questionarmo-nos sobre isso…


A História do Avô, do Neto e do Burro

Era uma vez um avô, que tinha um neto e um burro. Um dia, decidiu fazer uma longa viagem, com o seu neto, no seu burro… Subiram ambos para cima do burro e fizeram-se ao caminho.

Ao longo de todo o percurso, passariam por várias aldeias, vilas e pequenas povoações…


Na 1ª terra onde passaram, estavam alguns habitantes perto da estrada e vendo os viajantes passarem, comentaram:

-“Vejam só que maldade… vai o pobre animal carregadíssimo com duas pessoas! Pobre bicho, merecia ser poupado…”

O avô, ao ouvir estas opiniões, saiu de cima do burro, dizendo ao neto para também sair, de forma a aliviar o animal e evitar as críticas dos outros e seguiram viagem…


Na povoação seguinte, mais alguns populares os observaram e comentaram:

-“Olhem para aquilo!… Vai o pobre rapaz a pé, podendo ir montado no burro e ía o velho a pé, já que é adulto…”

O avô, sentindo-se novamente criticado, decidiu então, ordenar ao neto que se montasse no burro e seguiu ele a pé… assim talvez já agradasse aos outros.


Noutra aldeia mais à frente, estavam várias pessoas perto do caminho e exclamaram:

-”Parece impossível! Vai o rapaz, que tem boa perna, descansado em cima do burro e o pobre velho, vai a pé! Mas que jeito tem?!”

Presenciando novamente a insatisfação dos outros, o neto saiu de cima do burro e o avô, montou-se no animal, a fim de tentar agradar a quem os assistia e continuaram a sua jornada…


Mais adiante, encontraram outras pessoas num campo por onde passavam, que opinaram:

-“Mas que crueldade! Porque é que o pobre animal há-de carregar com o velho?! Já deve estar de rastos e a precisas de descansar… é mesmo não ter coração!...

Pressionado por mais estas críticas e a sentir-se culpado, pelo julgamento dos outros, o avô combinou com o neto, carregarem o burro às costas, a fim de ele descansar… e assim, talvez, finalmente, conseguissem evitar mais críticas e comentários. E continuaram o seu trajeto…


A pergunta é:

Será que deixaram de receber críticas e comentários?


Outra pergunta é:

Deixando ou não de os receber, será que é possível agradar a todos?


E a derradeira pergunta é:

Se fosse possível agradar a todos… se isso nos fosse totalmente garantido, qual seria a nossa escolha:

Agradar a todos os outros, ainda que não me agradasse a mim própria?

Ou

Agradar a mim própria, ainda que pudesse não agradar a mais ninguém?


Nenhuma das opções está certa, nem errada… posso escolher livremente, qualquer uma delas e responsabilizar-me pelas consequências, de qualquer uma delas.


Só preciso de perceber o que é que é mais prevalente em mim:

- O medo e a culpa, pelo julgamento dos outros?

Ou

- O meu amor-próprio, a forte convicção de quem Sou e a serena determinação em respeitar isso?


E assim, ganhando esta consciência, decidir como quero viver – Escolhendo pelo Medo, ou pelo Amor. 😊

 
 
 

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© 2018 Psicologia e Evolução por Patrícia Loução Rita

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