top of page

O que significa sentirmo-nos sós?

  • Foto do escritor: Patrícia Loução Rita
    Patrícia Loução Rita
  • 11 de jun. de 2018
  • 3 min de leitura

Atualizado: 17 de jun. de 2018


Todos nós conhecemos alguém que não consegue estar sozinho… às vezes até nem tem consciência disso… até diz que gosta de estar sozinho… e gosta… mas só se for por curtos períodos!...


Há pessoas que pensam que gostam de estar sozinhas, porque até lhes apetece estar sozinhas por algum tempo – pouco… há quem tenha medo, mas não tenha consciência de que tem medo, não saiba que tem medo de estar sozinha… e como é que isso se deteta? Porque a pessoa providencia uma série de estratégias, de comportamentos e de planeamento, que EVITAM, a curto, médio, ou longo prazo, que a pessoa esteja, ou venha a ficar sozinha…


E de onde vem o medo de estar sozinha? O que significa, no essencial, ter receio de estar, ou ficar sozinha?


Quando estamos muito confortáveis, muito serenos, muito felizes, muito tranquilos na companhia de alguém, o que provoca isso?

Estarmos na companhia de alguém que conhecemos muito bem, de quem gostamos e que nos faz sentir bem… e isso faz-nos sentir acompanhados.

Quando estamos sozinhos, qual é a nossa única companhia?

Nós próprios!


Então, se estamos na nossa própria companhia, porque é que não nos sentimos acompanhados?


Voltando ao exemplo anterior, se nos sentimos bem e acompanhados na companhia de alguém, quando conhecemos bem essa pessoa e gostamos dela… o que poderá fazer com que não nos sintamos acompanhados por nós próprios?


É simples. Se não nos conhecermos, se não tivermos contacto com a nossa verdadeira essência (que é essencialmente o que nós SENTIMOS e não o que pensamos… é o que Sentimos e principalmente as emoções mais difíceis, porque é dessas que fugimos e nos escondemos… as positivas, nós até conhecemos, porque não doem e por isso contactamos facilmente com elas)… é como se estivéssemos na companhia de um estranho… é como se não soubéssemos com o que contar, é como se não estivéssemos completos, tranquilos, equilibrados…. como se faltasse algo…


E falta. Faltamos nós… o nosso verdadeiro Eu Interior (com tudo o que tem de mais secreto e doloroso… com todos os recantos não visitados, escuros e desconhecidos – e por isso tão assustadores)!


É como estar no meio de uma multidão, num sítio cheio de gente, rodeados de imensas pessoas, mas que não conhecemos, que não estão CONNOSCO, com quem não temos verdadeiro contacto e por isso não nos sentimos acompanhados… Porque uma coisa é estarmos sozinhos, outra coisa é sentirmo-nos sós… e sentirmo-nos sós não depende da quantidade de pessoas que está à nossa volta, mas sim de alguém, que nos é familiar/conhecido, estar verdadeiramente CONNOSCO, ou não.


De alguma forma, é o mesmo que acontece quando não nos conhecemos verdadeiramente… quando não sabemos verdadeiramente quem somos… pois não nos podemos sentir acompanhados e confortáveis, na companhia de alguém que nos é estranho.


Por oposição a isto, quem sente que não tem medo de estar sozinho... que não se importa de estar sozinho... costuma ser muito mais do que isto… é mais do que não se importar, é ainda mais do que gostar de estar sozinho… é PRECISAR de estar sozinho, é ser fundamental, essencial e vital para o meu bem-estar, para o meu equilíbrio, para poder continuar a Ser!


É sentir como necessário ter tempo só para si, para estar na sua própria companhia, para cultivar a intimidade com a sua própria essência e a sua própria energia… Isto não significa que não goste de estar com as outras pessoas, que não se sinta bem na companhia de outros… mas também é muito importante reservar e cultivar momentos só para Si…


Ou seja, é muito importante guardar tempo, todos os dias, para estar a sós com alguém muito especial para nós… reservar oportunidades para desfrutar da melhor e mais essencial companhia do mundo – Nós Próprios! 😊

 
 
 

Comments


© 2018 Psicologia e Evolução por Patrícia Loução Rita

bottom of page