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Medo ou Responsabilidade?

  • Foto do escritor: Patrícia Loução Rita
    Patrícia Loução Rita
  • 16 de jan. de 2020
  • 3 min de leitura

Como todas/os sabemos, ainda está muito enraizada na nossa sociedade, a noção de “castigo”. Refiro-me ao “castigo” enquanto conceito judaico-cristão, que vem sendo difundido ao longo de séculos e que nos foi dizendo que as “más ações” serão alvo de “castigo divino”.


Desde miúda que este conceito sempre me intrigou…

- Mas como assim???!!!...

- Então, mas esse tal Deus (ou outro nome qualquer, dependendo das religiões, ou crenças de cada um) amoroso, de que falam, que protege, cuida, guia e Ama Incondicionalmente é, afinal, um “pai austero”, que castiga quando cometemos erros, trazendo situações graves e dolorosas, como doenças, acidentes e tantas outras situações difíceis que ocorrem nas vidas das pessoas??!!!


Esta teoria (entre muitas outras questões deste género) sempre me deu que pensar… sempre questionei que sentido isto faria… e usando a minha Liberdade de Escolha e a minha capacidade de “pensar pela própria cabeça”, reflito no seguinte exemplo:


Imaginemos que está um dia farrusco… cinzentão e com ar de que pode chover… ou mesmo que não tenha qualquer aspeto de chuva, mas eu não me informo previamente das previsões meteorológicas e Escolho sair, sem levar chapéu de chuva, nem qualquer outra proteção…


Se chover, enquanto eu estiver na rua, o que é que vai acontecer?

Vou-me molhar, certo?

E isto seria um castigo?

Ou apenas uma consequência da minha Escolha?

Consequência da Escolha que EU fiz, exercendo a minha Liberdade de Escolha?


E esta consequência apareceu “do nada”, ou porque alguém me quis “castigar”?

Ou é apenas o resultado do que optei por fazer e assim sendo, é da minha inteira Responsabilidade??


Ora, se eu fiz uma Escolha, se fui Livre de fazer essa Escolha, de quem será a Responsabilidade pelas consequências??

Minha, claro!


É certo que este é um exemplo muito simples e que não implica prejudicar ninguém, a não ser a própria pessoa. Mas este raciocínio não poderá aplicar-se a outras situações?


Será que, mesmo em situações menos óbvias, não poderá existir uma ligação direta, ou indireta e um impacto emocional, entre o que Escolhemos fazer, como optamos por viver as nossas Vidas e os resultados que vamos obter?...


No fundo, o que pretendo refletir aqui é:


Não será muito mais Leve, Livre e Consciente se retirarmos a exigência e a carga tão pesada, da noção de “castigo” e encararmos os resultados que obtemos na Vida, apenas como Consequências da nossas Escolhas (as mais recentes e diretamente relacionadas com essas situações concretas e as mais distantes, mas que ainda terão o seu eco…)?...


E não serão estas Consequências (as diretas e indiretas, as fáceis e as difíceis e as que surgem a curto, médio ou longo prazo) da nossa Responsabilidade?


Não somos vítimas das situações e das Consequências, nem tão pouco culpados (outro conceito bem pesado…), mas simplesmente Responsáveis por aquilo que Escolhemos fazer!


E não será esta perspetiva e esta noção de Liberdade de Escolha e de Responsabilidade Consciente, muito mais Libertadora e Evolutiva? 😉


E não será viável e possível, aprender e Evoluir, enquanto Seres Humanos, sem o peso castrador e o medo incutidos pelos conceitos de “castigo”, “pecado” e “culpa”… mas apenas com a noção Consciente, de que a nossa Liberdade de Escolha é NOSSA, que só a cada um de nós cabe decidir como Viver e que depois teremos as inevitáveis Consequências e a inseparável Responsabilidade? 😊


E fazendo jus a essa mesma Liberdade e em total respeito e reconhecimento dessa Liberdade, também entre estes e outros conceitos, cada um poderá optar por qual lhe faz mais sentido, com qual mais se identifica e assim Escolher, por si própria/o, pensando pela sua própria cabeça, qual adotar para a sua Vida… 😊


E depois, naturalmente, Responsabilizar-se pelas Consequências do conceito que Escolha Viver! 😉


Porque. Escolher em Liberdade, com Consciência e Responsabilidade é um direito de cada um… e isto faz parte de Evoluir. 😊

 
 
 

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© 2018 Psicologia e Evolução por Patrícia Loução Rita

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