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E quando não sabemos se gostam de nós?

  • Foto do escritor: Patrícia Loução Rita
    Patrícia Loução Rita
  • 28 de fev. de 2020
  • 3 min de leitura

Uma vez, há alguns anos atrás, ouvi uma história de uma adolescente que estava em processo terapêutico e numa sessão perguntou à sua terapeuta se gostava dela…

– “A Dra. gosta de mim?”


Ao que a terapeuta respondeu:

- “O que é que tu sentes? Sentes que eu gosto de ti, ou sentes que não gosto de ti?

É que eu posso responder-te que gosto e ser mentira e também posso responder-te que não gosto e ser mentira!

O que conta, o que tu vives e te acompanha permanentemente, é o que tu SENTES que Sentem por ti… e não o que os outros te dizem que sentem por ti!”


E é assim com todos nós, em todos os contextos das nossas Vidas.


Alguém pode dizer-nos que gosta de nós, que gosta muito, que nos Ama… pode até demonstrar de diversas formas, por palavras, gestos e comportamentos, mas se não sentirmos esse afeto, esse Amor, dentro de nós, mais cedo ou mais tarde, vai surgir alguma situação que nos traz a sombra da dúvida e insegurança…


Nem que seja num dia mais atarefado, em que esse alguém está menos disponível, menos atenta/o, ou menos bem disposta/o… qualquer pequeno detalhe pode trazer à tona essa dúvida.


Porque Tudo começa dentro. 😊


A realidade que nós vivemos é o que nós Sentimos… dentro… e esse Sentir cria o que nós vivemos, porque torna-se a nossa realidade e a nossa vivência interna.


E podemos pensar nas diversas hipóteses:


- Alguém pode dizer-nos que gosta e ser verdade;

- Alguém pode dizer-nos que gosta e ser mentira;

- Alguém pode dizer-nos que não gosta e ser verdade;

- Alguém pode dizer-nos que não gosta e ser mentira;


Mas em qualquer uma destas situações, o que conta é aquilo em que Nós Acreditamos!


Pois, se não Acreditamos que determinada pessoa gosta de nós, já que não Sentimos convictamente que gosta, de que serve a pessoa dizer ou demonstrar, se no fundo nós não o Sentimos com convicção?!


Quando alguém vive atormentado por essa dúvida e insegurança, de nada serve a outra pessoa verbalizar diariamente, ou demonstrar com frequência… pois essa insegurança “mora” dentro da pessoa, habita o seu interior permanentemente… e como a outra pessoa é um Ser Humano e também tem “os seus dias”, haverá sempre uma qualquer situação (real ou imaginária) que pode tocar nesta insegurança (que já lá estava “dentro”) e trazer a dúvida…


A segurança e convicção não dependem do exterior, de outra pessoa, nem de nada que venha “de fora”, de fora de nós…


Porque Tudo começa dentro e só depois o podemos vivenciar “fora”.

Tenhamos nós Consciência disto, ou não.


É claro que nada desta “teoria” invalida a importância de se verbalizar quando se gosta e se Ama, tal como não anula a importância de se demonstrar por gestos e atitudes, mas “o filtro final” tem que ser nosso e esse “é dentro”, é interno.


Este nosso filtro passa pela competência emocional de cada um (que é em parte inata em nós, mas que também se desenvolve e incrementa) e pela nossa capacidade de “ler emocionalmente o outro”, Intuir e Sentir.


E depois confiar no que essa nossa capacidade emocional nos diz, Acreditar e Sentir!


E é só isto que constrói a nossa realidade Vivida e Sentida! 😉


E nada disto dispensa a necessidade de “construir dentro” a segurança e convicção de que temos tanto para ser gostados e amados… a convicção de que Somos merecedores e dignos desse afeto e assim começar a “construir dentro”, gostando e Amando a Nós Mesmas/os. 😊


É aí que tudo começa.

Dentro! 😊


O resto virá por acréscimo! 😉

 
 
 

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© 2018 Psicologia e Evolução por Patrícia Loução Rita

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